Dando continuidade à série de atividades que as escolas da rede estadual de ensino estão realizando em alusão ao Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, a Coordenadoria Especial de Juventude (Cejuv), da Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc), promoveu na tarde de quarta-feira, 23, uma roda de conversa com os alunos do Colégio Estadual General Siqueira, em Aracaju. O encontro foi realizado no auditório do Centro Estadual de Educação Profissional José Figueiredo Barreto.
A conversa teve como tema “Juventude Negra: Identidade e Preconceito Racial”, ministrada pelo educador social e palestrante Gabriel Machado. O gestor da Cejuv, Eduardo Oliveira, destacou que os debates já foram realizados em outras turmas e que futuramente serão levados a outras unidades de ensino da rede estadual. “Queremos levantar assuntos que poucas vezes são abordados em sala de aula. A gente trazer um palestrante que é jovem, negro, LGBT, que discute o preconceito racial e discute a igualdade, é muito importante, porque ele consegue ter um diálogo em uma linguagem que se equipara à dos estudantes”, disse.
O palestrante Gabriel Machado chamou a atenção dos alunos sobre diversos pontos, como lutas interseccionais, educação antirracista, preconceito, entre outros. “Desse trabalho de conscientização nem sempre a gente consegue ter um resultado rápido. Nos lugares por onde vamos passando, aos poucos a gente vai repassando o conhecimento, que depois floresce em uma discussão ou uma reflexão. Quando a gente fala em repassar isso para a juventude, nós conseguimos mostrar de forma dinamizada, com mais canais de conhecimento e mais ferramentas que vão nos possibilitar abranger todo esse público de forma mais educativa, prática e lúdica”, explicou.
Os alunos que assistiram à palestra aproveitaram bastante os conhecimentos adquiridos. Foi o caso de Gustavo Silva Dias, do 3º ano. “O preconceito racial é uma questão social que todos nós enfrentamos, algo que está na base da sociedade e que precisa ser combatido. Um momento como esse é bom para nos ajudar, como jovens, a entendermos até mesmo algumas piadas que nós fazemos e que precisam ser deixadas de lado, para que possamos construir uma sociedade melhor para nós e para os futuros jovens que virão”, disse.
Já Letícia Daniela, do 9º ano, disse que acredita que “para aqueles que realmente se interessam por esse assunto, é uma forma de tentar diminuir os preconceitos, porque vai ajudar a mudar a mentalidade”. Opinião semelhante teve Débora de Jesus Nascimento, do 3º ano. “Muitas pessoas não têm uma informação completa sobre esses temas, como racismo e preconceito, e até fazem piadas que não deveriam. Então aprendemos aqui a identificar essas situações e tentar reduzir hábitos que muitas vezes são preconceituosos”, declarou.