A comissão organizadora da Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta para Todos (ONHB-A) anunciou na última sexta-feira, 18, as equipes medalhistas da sua segunda edição. O estado de Sergipe conquistou, ao todo, 12 medalhas, quatro das quais são da modalidade Escola Pública, com as equipes dos centros de excelência Professor Abelardo Romero Dantas (Lagarto) e Doutor Alcides Pereira (Maruim). As outras premiações foram: uma medalha na modalidade Grupo, seis na modalidade Individual e uma na modalidade Escola Privada.
A 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta para Todos (2ª ONHB-A) é uma versão do projeto tradicional aberto ao público e que prevê diferentes modalidades de participação. O objetivo da iniciativa é ampliar o projeto também para pessoas que não são vinculadas a instituições de ensino, mas têm interesse em conteúdos sobre História do Brasil e atualidades que são oferecidos na prova da ONHB. A versão original, voltada para estudantes e professores, será mantida e ano que vem chega a sua 15ª edição.
O professor Jorge Monteiro, técnico do Serviço de Apoio ao Desenvolvimento Estudantil (Seades/Seduc), ressaltou que “por região, o Nordeste ficou em primeiro lugar, com a conquista de 290 medalhas. Isso demonstra o empenho dos nossos estudantes e professores ao participarem dos eventos olímpico-científicos”.
A equipe “Unidos pela História”, do Centro de Excelência Professor Abelardo Romero Dantas, orientada pelo professor Cleiton Melo Jones, conquistou uma medalha de prata. Segundo o professor, uma parte das equipes foi composta por estudantes já experientes, que participaram da ONHB 14 e estiveram na final em Campinas. Já outra parte era de alunos novatos. Eles fizeram reuniões semanais através do Google Meet e realizaram uma preparação para que os novos aprendessem sobre o formato. Outras equipes das duas escolas também receberam medalhas de cristal e menções honrosas.
A olimpíada aconteceu de 17 de outubro a 12 de novembro, de maneira online. Cleiton Melo explica que ela seguiu o modelo da ONHB, ou seja, provas aplicadas durante quatro semanas, com questões objetivas e produção de tarefas escritas, que foram sobre a valorização dos patrimônios local, material e imaterial. Foram três fases com cinco questões de múltipla escolha e uma tarefa. A quarta etapa contou com uma tarefa principal. Cada fase teve a duração de uma semana, período que pôde ser usado pelos participantes para pesquisa em livros e internet, debate com colegas e busca por referências bibliográficas.
“Eu vejo essa conquista com muita alegria porque fornece uma base sólida de conhecimento histórico que forma os estudantes para a cidadania e para a vida. Além disso, esse prêmio é mais uma demonstração de que a escola pública produz conhecimento e com muita qualidade”, disse o professor. Ele explicou também que, entre os prêmios concedidos, alguns receberão bolsa do CNPQ por 12 meses no valor de 100 reais.
Uma das suas alunas que participaram foi a jovem Ingrid de Jesus Invenção, de 19 anos, que estuda no 2° ano do ensino médio em tempo integral. “Para mim foi a realização de um desejo, porque além de ser uma grande oportunidade de aprendizagem, também foi muito satisfatório, como aluna da rede pública, fazer parte desse tipo de evento e poder representar a minha escola. A ONHB sempre será algo de que eu me lembrarei e acho que meus colegas de equipe também. A importância dessa conquista não está no fato de ganhar medalhas, prêmios e reconhecimento, está na emoção que é participar de cada fase da olimpíada, em cada coisa nova que descobrimos e aprendemos durante as etapas; está na união e, claro, naquilo que gostamos de fazer”, declarou.
Alcides Pereira
O Centro de Excelência Doutor Alcides Pereira teve três equipes premiadas: JJG (prata), Hogwarts (prata) e Desvendando Mistérios (bronze). A professora orientadora, Adinagruber da Conceição Lima, destacou que “a ONHB tem uma proposta de promover aprendizagem a partir de provas temáticas envolvendo a pesquisa de forma articulada com o lúdico.
Os alunos são envolvidos pela curiosidade e assim estimulados a buscar mais informações. Isso colabora bastante na melhoria do desempenho escolar. Ser medalhista melhora a autoestima deles e faz com que outros se interessem em participar. Esperamos ter mais equipes participando ano que vem”.
A aluna Evelyn de Oliveira Lima, de 16 anos, estuda no 2° ano do Ensino Médio em Tempo Integral, e declarou que a ONHB foi uma grande experiência. “A participação na olimpíada foi uma experiência incrível. Para mim, foi uma oportunidade de adquirir mais conhecimentos de maneira leve e lúdica. Além disso, é algo que vai acrescentar bastante na minha vida acadêmica. Conquistar a medalha de prata ao lado dos meus amigos foi ver todo esforço valer a pena, principalmente porque pudemos mostrar um pouco sobre o contexto histórico de nossa cidade durante a realização das tarefas”, afirmou.
Já o seu colega, Ayrton Santos Silva, destacou que “a ONHB é uma competição de equipes na qual o objetivo não é somente ganhar pontos, mas formar laços e aprender a trabalhar em equipe. Para mim, foi completamente emocionante participar, pois, além de fortalecer meu trabalho de equipe com minhas amigas, a Olimpíada abordou temas importantes dos quais eu não tinha conhecimento até então. Receber a medalha de prata foi uma conquista não só para nós, mas também para meu estado e região. A importância está relacionada ao nosso desenvolvimento como historiadores e futuros universitários”.